Domingo sem estoritas, não pode!
Depois da grande aventura com a Cobra Grande e já devidamente instalado na terra prometida (B.C.), Pedro Ângelo contava que, com a venda dos “panos” de palha e das “pelas” de borracha para o seu Braga e ainda mais das 80 latas de banha e do couro medindo 52 metros de comprimento tirados da cobra e vendidos
em Letícia para o Mike Tsaliks, abriu um estabelecimento comercial,onde hoje é a casa Serve Bem, em frente onde era a sua morada.
Pois bem, no início a Serve Bem era uma casa de madeira e seu Pedro queria construí-la de alvenaria para ampliar o negócio. Porém,eram tantas as dificuldades e ainda por cima ele percebia que, no final do dia, quando ia fechar o caixa, sempre tava faltando dinheiro,principalmente as notas graúdas, chegando a desconfiar até de seus filhos.
Após muita luta e persistência no comércio,conseguiu levantar um dinheirinho que dava para começar a nova construção. Tão logo começaram a derrubar a casa de madeira, percebeu que haviam vários ninhos de ratos no forro. Assim que começou a retirar os ninhos, Pedro colocou as mãos na cabeça e gritou:
– Laura, minha velha, venha ver isso!… Não só Dona Laura,mas alguns fregueses que estavam lá nessa hora, correram para ver de que se tratava.
– Meu Deus Pedro! – Disse Dona Laura toda condoída. – Você passou o tempo todo dizendo que eram meus meninos que davam fim nas notas graúdas do apurado! Olha aí aonde ia parar o dinheiro!
Haviam dezenas de ninhos de ratos recheados com notas novinhas em folha. A grana era tanta que passaram três dias contando a “bufunfa” que deu para encher três sacos de fibra de 50 quilos. O final, o leitor pode muito bem deduzir, principalmente quem conheceu a Casa Serve Bem no auge do seu início e as famosas estórias “cabeludas” de Pedro Ângelo.
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